Denúncia de goiana leva a prisão casal suspeito de golpes por vagas em medicina

Dupla foi preso após a denúncia de uma vítima de Goiânia, que pagou R$ 35 mil pelos supostos serviços

A denúncia de uma goiana levou a polícia a um casal suspeito de golpes por vagas em cursos de medicina, no Rio de Janeiro. A dupla foi presa nesta semana, suspeita de oferecer facilidades para transferência de faculdade de medicina do exterior para instituições no Brasil, em troca de altos valores.

Quando recebiam o pagamento, que variava entre R$ 30 mil a R$ 150 mil, a dupla cessava o contato com as vítimas e as ameaçava. Eles foram presos após a denúncia de uma vítima de Goiânia, que pagou R$ 35 mil pelos supostos serviços.

Alaor da Cunha Filho e Mayara Soares Pimassoni foram presos durante uma ação batizada de Operação Dodge, na segunda-feira (26), em Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro. Ao Mais Goiás, o delegado que investiga o caso, Willian Bretz, conta que eles aliciavam as vítimas pela internet, prometendo facilidade para transferir o aluno de medicina do exterior para alguma instituição pública ou privada do Brasil.

O delegado conta que os suspeitos chegavam a prometer um suposto contrato de transferência, celebrado entre a universidade e o aluno.

Os valores cobrados variavam de acordo com o perfil social da vítima, indo de R$ 30 mil a R$ 150 mil. Porém, conforme Bretz, após receberem o pagamento, os suspeitos cessavam o contato com as vítimas e passavam a ameaçá-las. “Eles diziam que tinham amigos na polícia, que ia ser ruim pra elas e que elas seriam presas. Isso acaba, de certa forma, dissuadindo as vítimas a não denunciarem”, contou o delegado.

Porém, uma das vítimas do casal, uma moradora de Goiânia que pagou R$ 35 mil para obter a transferência da matrícula de sua filha para o Brasil, procurou a Polícia Civil de Goiânia após se dar conta que havia caído em um golpe. Alaor e Mayara foram presos num condomínio de luxo em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Conforme o delegado Willian Bretz, eles responderão pelo crime de estelionato qualificado pela fraude eletrônica.

Histórico de crimes

Ainda de acordo com Bretz, somente Alaor da Cunha responde a 19 inquéritos de diversas partes do Brasil, a maioria por estelionato. Uma vez que o homem é suspeito de praticar esses golpes desde o ano de 2016, a quantidade de vítimas pode ser imensa. “É importante que a imprensa espalhe a notícia para que encoraje as vítimas a denunciar”, conclui.

“Rei do Bitcoin” é mantido preso por esquema de 1,5 bilhão de reais

Na manhã do dia 5 de julho, policiais federais invadiram um pequeno imóvel em Curitiba, no Paraná. O alvo da operação era Cláudio José de Oliveira, autointitulado o “Rei do Bitcoin”.

As ações do Grupo Bitcoin Banco chamaram atenção das autoridades em 2019, quando os investidores receberam uma mensagem de que a plataforma havia sido hackeada. Os clientes, que não acreditaram na história, recorreram à Polícia Federal.

O esquema era semelhante ao de uma tradicional pirâmide financeira: os clientes aplicavam o dinheiro no Grupo, que prometia retornos altos e rápidos sobre o valor investido. Entretanto, na medida que as pessoas pediam o resgate do dinheiro, o sistema não conseguia atender a demanda, até chegar à queda. Ou seja, a principal característica dos esquemas financeiros: uma hora o dinheiro acaba.

Acredita-se que os criminosos desviaram cerca de 1,5 bilhão de reais, vindos de 7 mil pessoas. Algumas delas além de terem perdido o dinheiro investido no esquema, agora, carregam também uma dívida com o empréstimo que fizeram para aplicar o valor.

Golpista em série

Cláudio já havia sido condenado na Suíça, em 2013. Também foi apurado que a esposa dele, Lucinara da Silva Oliveira, foi a sua principal parceira nos golpes. Eles se conheceram em 2008.

Posteriormente, em 2014, nos Estados Unidos, o casal começou a enviar e-mails prospectando clientes para um esquema semelhante formado à época. Esse foi o primeiro golpe do casal, que levou o dinheiro dos investidores. Eles fugiram por meio de um voo retornando de Tijuana, no México, para o Brasil.

Por fim, há alguns meses, a Polícia Federal iniciou a investigação do esquema mais recente, na Operação Daemon. Cláudio e mais três pessoas foram presas.

Prisões seguem mantidas

Alguns dias depois, Cláudio solicitou um habeas corpus, o qual foi negado pela Justiça. O motivo, segundo o desembargador Thompson Flores, é que, considerando as circunstâncias, a soltura colocaria em risco a ordem pública.

Igualmente, Lucinara, que havia sido solta, descumpriu medidas cautelares, o que fez com que ela voltasse para a prisão. O desembargador Luís Alberto d’Azevedo Aurvalle, explicou que ela não poderia ter agido por conta própria com relação às medidas, era necessário que ela recorresse legalmente, se fosse o caso.

Cuidado

Golpes envolvendo esquemas financeiros são cada vez mais comuns. Em 22 de novembro do ano passado, por exemplo, Leonardo Gusmão Araújo havia sido acusado de algo semelhante. Em 22 de junho deste ano, também ocorreu a segunda fase da Operação Black Monday.

Esses casos nos alertam sobre as promessas de dinheiro fácil. Portanto, tome cuidado com as “oportunidades” de negócios que aparecem por aí.

No Brasil, há instituições que regulamentam o mercado financeiro. Entre elas: o Banco Central, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Por isso, pesquise pelas informações que você recebe, não tome decisões prontamente. Entenda que o dinheiro não pode ser criado como mágica.

Desmantelamento de Esquema Fraudulento de Empréstimos Consignados no Ceará

Operação “Portabilidade Falsa” Revela Golpe Milionário e Reforça a Necessidade de Vigilância Financeira

A prisão de oito pessoas suspeitas de aplicar golpes em servidores públicos através da substituição de empréstimos consignados destaca uma questão crítica relacionada à segurança financeira e à vigilância contra fraudes. A operação “Portabilidade Falsa” da Polícia Civil do Ceará (PCCE) trouxe à tona o sofisticado esquema que enganou várias vítimas, com empréstimos variando de R$ 50 mil a R$ 700 mil, totalizando mais de R$ 12 milhões em movimentações ilícitas.

Os suspeitos operavam através de uma empresa sediada no bairro Aldeota, em Fortaleza, utilizando informações detalhadas das vítimas para simular a portabilidade de empréstimos consignados e, posteriormente, induzindo as vítimas a depositar a maior parte do empréstimo recebido de volta à empresa. Esse esquema não apenas sublinha a importância da conscientização sobre golpes financeiros, mas também a necessidade de instituições financeiras e autoridades reguladoras fortalecerem os mecanismos de proteção ao consumidor.

Os presos foram identificados como:

  • Amabilly Evelly Belmino Castro, 29 anos;
  • Edilma da Anunciação Silva, 42 anos;
  • Ítalo Ricardo Lourenço Cortez, 25 anos;
  • Jane da Silva Constantino, 38 anos;
  • Leonardo Ícaro da Silva, 24 anos;
  • Natália Gomes, 31 anos;
  • Simone Nogueira Lima, 35 anos;
  • Ruan Silva Teixeira, 19 anos.

A investigação da DDF revela que este grupo pode ser apenas uma parte de uma rede mais ampla de fraudadores, indicando a complexidade e a extensão da operação criminosa. Esse caso serve como um lembrete crítico para indivíduos e instituições de que a vigilância contínua e a educação sobre segurança financeira são essenciais para prevenir fraudes e proteger os direitos e finanças dos cidadãos.

Para indivíduos, é vital verificar cuidadosamente qualquer proposta de empréstimo ou financeira, especialmente quando envolve alterações em contratos existentes ou ofertas que parecem ser muito vantajosas. Da mesma forma, instituições financeiras e autoridades reguladoras devem continuar aprimorando suas estratégias de prevenção a fraudes, utilizando tecnologia avançada para detectar e impedir esquemas fraudulentos antes que eles afetem os consumidores.

O caso também enfatiza a importância de reportar suspeitas de fraude às autoridades competentes. Aqueles que se sentirem lesados por ações similares devem procurar as autoridades policiais para registrar o caso, contribuindo para a investigação e potencialmente ajudando a prevenir que outras pessoas se tornem vítimas.

Concluindo, este episódio de fraude em Fortaleza reforça a necessidade contínua de conscientização, educação e vigilância contra golpes financeiros, tanto por parte dos consumidores quanto das instituições. A colaboração entre cidadãos, instituições financeiras e autoridades é crucial para construir um ambiente financeiro mais seguro e protegido contra fraudes.