Empresário Rodrigo Carvalheira é Preso sob Suspeita de Crimes Contra Mulheres no Recife

O empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (11), no Recife, sob suspeita de cometer uma série de crimes contra mulheres. O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela Polícia Civil em sua residência, no bairro de Boa Viagem. As vítimas, de acordo com as investigações, seriam pessoas do círculo social do empresário, e o caso está sendo investigado em sigilo pela 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, em Santo Amaro.

Ao ser conduzido à delegacia, Rodrigo declarou à imprensa: “Tudo será apresentado. Sou inocente. São muito minhas amigas e acho incrível que isso está acontecendo.” Carvalheira, que é herdeiro de uma tradicional família de empresários envolvidos no Carnaval pernambucano e proprietário de uma agência de eventos, já ocupou também a presidência de um partido político no estado.

Em nota, a advogada de defesa, Graciele Queiroz, expressou espanto com a prisão de seu cliente, afirmando que as acusações são graves, mas baseadas apenas em depoimentos e na opinião da autoridade policial. A defesa ressaltou que Rodrigo sempre esteve à disposição da polícia para colaborar com as investigações e que sua inocência será provada ao longo do processo.

O Grupo Carvalheira, em comunicado, esclareceu que Rodrigo Carvalheira não possui qualquer vínculo com a empresa, nem como sócio nem como funcionário, e se disse surpreso com as notícias que associavam seu nome ao empresário.

Combate à Exploração Ilegal: Operação do MPRJ Alveja ‘Gatonet’ de Grupo de Ronnie Lessa e Suel

Mandados expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa são executados em Rocha Miranda, Honório Gurgel e Irajá.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) lançou hoje, terça-feira (12), a Operação Jammer 2, visando desarticular a exploração ilegal de sinal de internet e televisão, conhecida como “gatonet”, pela milícia de Ronnie e Suel. Ronnie Lessa e Maxwell Simões Corrêa estão detidos pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) executaram 3 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão. Durante a operação, munição foi encontrada com um dos detidos e material para conexões ilegais com outro.

O material será encaminhado à Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), onde representantes de empresas de telecomunicações verificarão sua procedência.

Nesta etapa, seis pessoas foram acusadas de organização criminosa por explorar clandestinamente atividades de telecomunicação, televisão e internet na Zona Norte do Rio de Janeiro.

A operação de hoje conta com o apoio da DC-Polinter e do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda).

Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, e Ronnie Lessa lideravam o esquema criminoso, sendo denunciados na primeira fase da operação. A fase inicial da Jammer ocorreu em agosto do ano anterior, mirando o PM Sandro Franco, que fugiu ao avistar as equipes e foi capturado posteriormente.

As mensagens do grupo investigado indicam que Suel era tratado como “patrão” pelos demais membros. A investigação revelou pagamentos recolhidos e repassados a ele, além de uma conta com mais de R$ 230 mil em saldo.

A denúncia mostra a conexão dos criminosos com Suel, incluindo uma conversa na qual um deles lamenta o aumento da pena por obstrução de Justiça no caso Marielle Franco e Anderson Gomes.

Na primeira fase da operação, em agosto de 2023, em colaboração com a Polícia Federal (PF), as investigações revelaram que o dinheiro proveniente da exploração criminosa na Zona Norte do Rio era utilizado para custear o advogado de Élcio Queiróz, também acusado no caso Marielle e Anderson.

Durante essa fase inicial, descobriu-se que o advogado de Élcio foi selecionado por Ronnie Lessa e financiado por Suel, com os recursos da “gatonet”.

Segundo os investigadores, Suel também fornecia assistência financeira à família de Élcio para mantê-lo ligado aos comparsas.

A investigação evidenciou que Suel atuava como administrador, controlando investimentos, territórios e lucros, enquanto Ronnie Lessa era um investidor, injetando dinheiro no negócio ilegal em busca de retorno financeiro.

Mulheres denunciam promotor de Justiça por importunação sexual e agressão em festa de Fortaleza

O suspeito e as duas vítimas foram apresentados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

Duas mulheres denunciaram um promotor de Justiça por importunação sexual e agressão em uma festa de Fortaleza. O caso aconteceu neste domingo (21) no Bairro Edson Queiroz.

A TV Verdes Mares entrou em contato com o promotor Aureliano Rebouças Júnior. Ele negou que tenha cometido as acusações. O Ministério Público do estado, em nota, disse que repudia todo e qualquer ato de violência, principalmente contra mulheres.

“Sobre a notícia veiculada na imprensa, o MPCE está adotando todas as providências para a apuração do fato mencionado com absoluta isenção, providenciando para tanto a instauração de procedimento investigatório, tal como determina a legislação”, complementou a nota do órgão ministerial.

A Polícia Militar informou que o suspeito e as duas vítimas foram apresentados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde foi feito um boletim de ocorrência por lesão corporal dolosa.

A Polícia informou que, segundo relatos, o homem, que se identificou como promotor de justiça do estado, havia importunado sexualmente uma mulher, e empurrado uma segunda mulher que se lesionou.

MP vai investigar suposta omissão da Enel na retomada da energia em SP; CPI da Alesp vai convocar presidente da empresa

Os promotores paulistas e deputados estaduais querem saber o motivo de tantos consumidores terem ficado dias sem energia, e se a Enel tem a quantidade suficiente de empregados para atender as demandas emergenciais nos 24 municípios onde a companhia italiana atua.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) vai abrir, ainda nessa semana, uma investigação contra a concessionária Enel por suposta omissão no restabelecimento de energia para os consumidores da Região Metropolitana de SP desde o temporal da última sexta-feira (3).

Passados quase três dias da chuva, pelo menos 500 mil imóveis na Grande SP ainda estão sem energia (veja mais abaixo). Há relatos de moradores da cidade de que faltam funcionários da empresa para desernegizar as redes atingidas por árvores e acelerar o trabalho da prefeitura de liberação das ruas.

No inquérito, os promotores paulistas querem saber o motivo de tantos consumidores terem ficado dias sem energia e se a Enel tem a quantidade suficientes de empregados para atender as demandas emergenciais nos 24 municípios onde a companhia italiana atua. O g1 procurou a Enel e aguarda posicionamento.

Na visão dos promotores, diante de um corte tão profundo de energia – que chegou afetar mais de 2,1 milhões de imóveis atendidos pela Enel – havia necessidade de contratação de equipes emergenciais para garantir a retomada rápida do serviço.

Segundo o que o g1 e a TV Globo apuraram, a nova investigação deve ser encaminhada ao promotor Silvio Marques, que atualmente já investiga a Enel no inquérito sobre o atraso da empresa nos planos de aterramento de fios na cidade de São Paulo.

CPI da Alesp
De acordo com dados da CPI da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que investiga a Enel, em 2010, antes da privatização, a Eletropaulo tinha 7 mil empregados. O total de colaboradores foi caindo ano a ano no período da AES Eletropaulo – quando a empresa era controlada pelo BNDES e a empresa americana AES.

Em 2022, o total de empregados caiu para 4.400 funcionários e, em 2023, a concessionária chegou a 3.900 funcionários, segundo a CPI.

O deputado estadual Thiago Auricchio (PL), que é diretor-presidente da comissão da Enel na Alesp, disse ao g1 que já há um requerimento aprovado no colegiado para ouvir o presidente da Enel ainda esse mês na Casa.

“O que nós assistimos nos últimos dias é o mais puro retrato do descaso e do desrespeito da concessionária com a população. Há anos, o que vemos é queda de funcionários e um aumento de demanda de consumidores que mostra a insuficiência do efetivo atual da ENEL. São inúmeros problemas que a CPI tem apurado que evidência isso”, afirmou.

A princípio, a convocação do presidente da Enel está prevista pela Alesp para 22 de novembro. Mas a data pode sofrer mudanças, em razão, justamente, da crise vivida pela empresa no atendimento da população que ainda está sem energia elétrica.

“O temporal da última sexta mostra o quão importante essa CPI será para o Estado. Vamos trabalhar com ainda mais empenho para garantir não só a melhora do serviço como também a responsabilização da concessionária pelos prejuízos causados. Não aceitaremos mais tanto descaso”, declarou Thiago Auricchio.

A vereadora Luna Zarattini (PT) protocolou na manhã desta segunda-feira (6) na Alesp um requerimento para a abertura de mais uma CPI para investigar as “falhas, irregularidades e ilegalidades da Concessionária Enel”.

Três dias sem luz

A Enel afirmou na manhã desta segunda-feira (6) que 500 mil imóveis da Grande São Paulo seguem sem energia – três dias após o temporal que atingiu diversas cidades do estado.

Desse montante, de acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), 413 mil estão na capital paulista. Por conta da falta de luz, 12 escolas municipais não abriram. (Veja a lista abaixo). 77 semáforos também seguem sem operar.

Ainda de acordo com a prefeitura,125 árvores caídas precisam ser desenergizadas para que que as equipes possam fazer o trabalho de remoção.

Em entrevista ao Bom Dia SP, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), responsabilizou a Enel pela demora na resolução do problema.

“Ainda temos 413 mil consumidores sem energia na cidade de SP. Estamos aqui com todo o esforço, ampliamos as equipes, estamos com a Defesa Civil, pessoal das subprefeituras para poder trazer a cidade de volta o quanto antes. Mas em muitas situações, a gente depende que a Enel faça o seu trabalho de desligamento para poder remover as árvores e reestabelecer a energia. Situação bastante difícil”.

Ele defendeu que a gestão municipal realiza podas constantes, mas que a cidade foi atingida por rajadas de vento suspostamente inesperadas.

De acordo com Nunes, este ano, 10 mil árvores foram removidas por risco de queda. “É um número bastante considerável”, acredita.

Das sete pessoas que morreram em decorrência das fortes chuvas, ao menos quatro foram atingidas pela queda de árvores.

Especialistas ouvidos pelo g1 apontam uma série de problemas de responsabilidade da gestão municipal: falta de manutenção, planejamento, além de árvores plantadas de forma irregular e podas malfeitas.

Ricardo Nunes afirmou que as chuvas de sexta atingiram até “árvores saudáveis” e disse que pedirá à Enel, em reunião agendada na tarde desta segunda, no Palácio dos Bandeirantes, um plano de contingência para evitar desastres por conta de mudanças climáticas. “A prefeitura está se preparando, eu preciso que a Enel também se prepare”, defendeu.

Enterramento de fios
Em 2018, a gestão municipal anunciou um programa que previa enterrar mais de 75 km de fios em toda a capital até o final de 2024. A implementação, entretanto, pouco avançou nos últimos anos.

Nunes disse que a prefeitura não pode cobrar tal medida da Enel e demais empresas de telecomunicações.

“As concessionarias entraram com uma ação judicial e já foi definido no STF que a prefeitura não pode exigir das concessionarias nenhum tipo de ação em relação ao tema. Elas respondem ao governo federal e à Agencia Nacional de Energia Elétrica.”

Ele afirmou que já realizou duas reuniões o presidente da Aneel, com a Enel, e com o presidenta da Agencia Nacional de Telecomunicação, para encontrar formas de acelerar os processos de enterramentos – mas nada saiu do plano das ideias.

“A gente já fez alguns enterramentos, hoje temos algumas vias em processo de enterramento, como Alameda Santos e varias na região central, mas é necessário um plano nessa questão.”

Lista das escolas sem luz na capital:
EMEF Euclides de Oliveira Figueiredo
CEI CEI Aloysio de Meneses Greenhalgh
EMEI Montese
CEU CEMEI Vila Alpina
EMEI Vila Ema
CEI Genoveva D’Ascoli
Emei Vila Ema
EMEF JOÃO NAOKI SUMITA
CEI Jardim Adutora
EMEI Pestalozzi
EMEF Plinio de Queiroz
CEI Vila Flavia

Região Metropolitana
Em São Caetano do Sul, 18 escolas não abriram nesta segunda por conta da falta de luz. Já em Taboão da Serra, o problema atinge dez escolas.

De acordo com a Enel, a energia foi reestabelecida para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira.

Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

O vendaval que atingiu a área de concessão foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição.

Técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira (7).

Ainda segundo a empresa, devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual.

 

‘Odeio preto’: polícia indicia por injúria por preconceito, ameaça e falsidade ideológica mulher filmada agredindo jovem em lanchonete

Amanda Queiroz Ornela ofendeu um jovem de 22 anos dizendo que ‘odiava preto’. Discussão aconteceu no fim de julho, no McDonald’s de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (29), o inquérito e indiciou a mulher que se apresentou como médica e ofendeu um jovem no McDonald’s dizendo que odiava preto. Amanda Queiroz Ornela foi responder pelos crimes de injúria por preconceito, ameaça e falsidade ideólogica. O caso aconteceu em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, no fim de julho.

Segundo o delegado Vilson de Almeida, da 35ª DP (Campo Grande), responsável pela decisão, Amanda praticou o delito de racismo contra o jovem Matheus da Silva Francisco, de 22 anos, e também tentou intimidá-lo dizendo ser íntima de criminosos e se passando por médica.

A confusão começou depois que Amanda disse que a fila do caixa foi furada.

O que foi dito

Mattheus e outros clientes passaram a gravar o bate-boca — o momento exato da suposta primeira ofensa não foi registrado.

Mattheus: Agora fala que eu sou preto!
Amanda: Preto! Ué, tu é branco?
Mattheus: Você me chamou de preto, vai, fala.
Outra cliente: Fala da forma que você falou aqui na frente de todo mundo!
Amanda: Amanda Ornela, médica, caça aí o CRM.
Outra cliente: E racista!
Amanda: Racista! Odeio preto. Odeio preto. Sou obrigada?
Outro cliente: Você acha que pode ter esse ato de racismo aí só porque você tem dinheiro?
Amanda: Racismo não dá cadeia!
Outra cliente: Vai perder a noite na delegacia, vai gravar na delegacia, vai ficar gravadinho lá… Sabe por quê? Racistas não passarão!

Assista à reportagem completa:

Em outro momento da discussão, Amanda disse “ser casada com milícia”.

Clientes impediram que ela fosse embora até a chegada da Polícia Militar.

Mattheus prestou queixa na 35ª DP (Campo Grande). Amanda foi conduzida para a delegacia e, num primeiro momento, negou as acusações, mas depois manifestou o desejo de ficar em silêncio.

Mulher não tem registro
Mesmo na delegacia, a mulher insistia em dizer que era médica. “Vão me segurar, tô devendo a ele, beleza, tô errada, show… vamos para a sentença, mas pô, me segurar aqui tá errado”, argumentou.

Um policial perguntou se ela realmente era médica. “Médica psiquiatra, porque para ser psiquiatra tem que ser médica, filho, 8 anos”, respondeu.

Mas o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) disse que não identificou nenhum registro no sistema no nome dela.

Em outro depoimento, Amanda disse que estava bêbada e que só teve noção do que aconteceu no dia seguinte à confusão, quando os vídeos viralizaram.

Ela admitiu que mentiu, disse que trabalha em uma farmácia como auxiliar administrativo e que se apresentou como médica porque uma mulher disse que era advogada.

Amanda também contou que mentiu novamente, por medo de ser agredida, ao dizer que era casada com miliciano – no vídeo, ela debocha: “Casada com milícia [SIC], beijos”.

 

Bruno D’Angelo Cozzolino: as denúncias contra médico que agrediu zelador

Bruno D’Angelo Cozzolino, 40, que foi flagrado agredindo funcionários do prédio onde mora, em um bairro de luxo em São Paulo, já foi preso duas vezes por ameaçar ex-namoradas.

O médico tem pelo menos dez denúncias por agressão em seu nome, algumas feitas por outros trabalhadores atacados por ele, inclusive no prédio em que o profissional mantém um consultório.

Entenda as denúncias contra o médico:

Perseguição contra ex-namoradas

D’Angelo foi preso pela primeira vez em 2012 após ameaçar a então namorada, mas ficou apenas um dia preso.

Na segunda detenção, foram dez dias na cadeia por descumprir uma medida protetiva.

Ele tem ao menos dez outras denúncias por agressão investigadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo.

Uma das denunciantes se relacionou com ele por dois anos e pediu ajuda à polícia em 2021. A mulher disse que ele a ameaçou com uma faca.

À época, a defesa do médico apresentou um relatório psiquiátrico que afirmava que ele tem transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave — e que não teria seguido com os devidos tratamentos.

Racismo

Em 2019, D’Ângelo ofendeu um funcionário do prédio em que seus pais vivem: “Lugar de macaco é no zoológico”, teria dito.

O médico fez um acordo com a vítima e pagou uma indenização de R$ 5 mil, segundo o Fantástico, da TV Globo.

Ofensas gordofóbicas

Duas mulheres que trabalharam com o médico relataram ao UOL que foram perseguidas, ofendidas e discriminadas por ele em 2022. Segundo elas, D’Angelo as ofendeu com expressões como “putinhas gordas”, “vadias gordas” e “hipopótamos”.

Nayane Jane Rodrigues de Queiroz e Joyce Nato Alves decidiram ir à polícia após uma tentativa de agressão. Ambas trabalhavam na recepção do prédio em que Bruno operava um consultório.

Um dia ele chegou muito nervoso. Perguntei: ‘O que foi doutor?’. Ele me mandou chamar a polícia e disse que uma pessoa na frente do prédio tentou agredi-lo. (…) Como ele não estava nas dependências do prédio, achei que não fazia sentido. Quando negamos, começou a gritaria. Ele quebrou a câmera de identificação e começou a gritar ‘suas gordas, hipopótamos'”.Joyce Nato Alves, funcionária ofendida pelo médico

Bruno começou a caminhar em direção a Nayane para agredi-la, segundo o BO. Um faxineiro que trabalhava no local tentou ajudar as mulheres, mas também teria sido ameaçado: “Eu vou dar um tiro na sua cara, seu negro faxineiro, safado, nojento.”

Os funcionários acionaram a Polícia Militar, mas D’Angelo fugiu. Apenas um dia depois do episódio, ele voltou ao trabalho no prédio.

Joyce conta que o médico debochava das funcionárias. “Ele passava na recepção rindo, encarando a gente. Como se a gente não fosse ninguém. Sofri muito dentro da minha casa, sozinha.”

Já Nayane afirma que toma remédios para ansiedade há dez meses. “Ele provocava a gente a distância, fazia gestos para dizer que estávamos loucas e nos chamando de gordas”, diz.

Agressão contra zelador

Câmeras de segurança flagraram o médico batendo no zelador do prédio onde mora, nos Jardins, após o funcionário pedir que ele ajustasse o carro na vaga do estacionamento.

Apesar das imagens, Bruno registrou um boletim de ocorrência no dia seguinte, alegando que havia sido agredido pelo funcionário. “Ele disse que o zelador tentou matá-lo com um facão. Quem vê esse relato e vê as imagens… É uma coisa completamente absurda”, disse o síndico do prédio, Flávio Oliva, ao Fantástico.

Bruno D’Ângelo tentou explicar ao síndico a versão apresentada à polícia, mas, após ser confrontado, também o agrediu. “Ele começou a pegar o boné dele e me chicoteava com ele”, relatou Flávio, que reagiu com um tapa no rosto do médico.

O condomínio contratou seguranças para o prédio e registrou queixa na delegacia.

‘Ele não gosta de pretas e gordas’, diz mulher sobre médico agressor em SP

Duas mulheres que trabalharam com o médico Bruno D’Angelo Cozzolino, flagrado em imagens de câmeras de segurança agredindo funcionários do prédio em que vive nos Jardins, em São Paulo, relatam que foram perseguidas, ofendidas, discriminadas e ameaçadas por ele no ano passado.

Segundo elas, D’Angelo as ofendeu com expressões como “vão tomar no cu”, “putinhas gordas”, “vadias gordas” e “hipopótamos”. “Ele não gostava de pessoas pretas e gordas”, afirmou Nayane. A reportagem entrou em contato com o médico por telefone, e-mail e WhatsApp, mas não obteve retorno. À TV Globo, a defesa do médico disse que não iria se manifestar.

O que dizem as vítimas

Nayane Jane Rodrigues de Queiroz e Joyce Nato Alves fizeram um boletim de ocorrência contra D’Angelo em outubro por injúria, calúnia e ameaça. Elas decidiram ir à polícia após uma série de ofensas contra ambas e uma tentativa de agressão contra Nayane, enquanto trabalhavam na recepção de um prédio onde o médico atendia em uma sala alugada para consultório, conforme relatam.

As ofensas e a tentativa de agressão ocorreram após as recepcionistas terem se negado a acionar a polícia, a pedido do médico. Ele teria sido ameaçado por um rapaz em uma rua próxima ao edifício.

Um dia ele chegou muito nervoso no prédio. Perguntei: ‘O que foi doutor?’. Ele me mandou chamar a polícia. Perguntei por qual motivo, e ele disse que uma pessoa na frente do prédio tentou agredi-lo. Era na calçada ao lado. Mas como ele não estava nas dependências do prédio, eu achei que não fazia sentido.Joyce Nato Alves, funcionária ofendida pelo médico

“Ele dizia que tínhamos a obrigação de chamar a polícia. Quando negamos, começou a gritaria”, relatam no BO. “Ele quebrou a câmera de identificação e começou a gritar ‘suas gordas, hipopótamos'”.

Irritado, o médico começou a caminhar em direção a Nayane para agredi-la. “Ele mandou a gente ‘tomar no cu’, ‘se foder’. Aí ele começou a bater no balcão… ‘Putinha gorda, vadia, vagabunda’. A Nayane saiu do balcão para pedir ajuda, e ele foi atrás dela. Aí o faxineiro disse: ‘não precisa disso’. [Ele ameaçou] ‘Você quer apanhar também?'”

“Nunca ouvimos relatos de ameaças de ninguém”, disse Joyce, sobre a suposta ameaça ao médico na rua. Segundo as funcionárias, garotos costumam pedir comida ao redor do prédio.

O funcionário da limpeza afirmou que chamaria a polícia. Nesse momento, D’Angelo passou a ofendê-lo e ameaçá-lo. “Eu vou dar um tiro na sua cara, seu negro faxineiro, safado, nojento”.

O médico também tentou agredir o funcionário, mas foi contido pelo gerente do edifício. Os funcionários acionaram a Polícia Militar, mas relatam que, quando a equipe chegou ao prédio, D’Angelo havia fugido. “Depois, ele ligou para o gerente e disse: ‘É a palavra de um médico contra a de vocês”’, afirma Joyce.

Racismo e perseguição

Joyce afirma que D’Angelo é violento, sobretudo com mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade. Já Nayane declarou que chegou a pensar que o comportamento do médico seria um “episódio de fúria isolado”. Contudo, passou a observar que fazia parte de um conjunto de ações racistas e preconceituosas.

Eu sou gorda, a Joyce é negra e gorda. Ele só trabalha com pacientes magras.

Nayane

“Ele não encostava nas coisas que a gente entregava.” Joyce e Nayane eram responsáveis pela entrega de correspondências aos locatários das salas.

As funcionárias do prédio afirmam que D’Angelo era racista e gordofóbico. “Quando ele fazia uma reclamação, dizia ‘a menina da noite’. Sou gorda e sou preta. Ele também chamou o faxineiro de ‘preto safado'”.

Nayane lembra que o médico encarava as funcionárias sempre que estavam sozinhas. “Ele evitava fazer isso na frente dos outros.”

Mulheres relatam crise de ansiedade após ofensas

Joyce relata que teve uma crise de ansiedade e medo de retornar à rotina de trabalho. Isso aconteceu um dia após a tentativa de agressão. “Quando cheguei na terça-feira, ele saiu pela lateral do prédio e voltou pela porta da frente. Eu estava sozinha na recepção. Ele passou pela catraca e ficou esperando o elevador com olhar de ódio. Avisei meu chefe, e ele me deixou ir embora.”

Eu tinha que abrir as portas para os visitantes passarem. Quando o Bruno ia passar, a sensação era de pavor. Eu abria a porta e ia para perto dos meninos do estacionamento. Era uma insegurança muito grande, porque a gente não sabia o que poderia acontecer.

Joyce

Após as ofensas, Joyce afirma que ficou sem dormir por dias. “A voz do Bruno ecoava na minha cabeça. Tinha medo de ficar no escuro, de sair na rua, ficava em alerta o tempo todo. Doeu porque a gente não merecia aquilo. Me senti dilacerada. Passar por tudo aquilo e continuar convivendo com ele foi horrível.”

Passado o episódio, ela conta que o médico debochava das funcionárias. “Ele passava na recepção rindo, encarando a gente. Como se a gente não fosse ninguém. Sofri muito dentro da minha casa, sozinha.”

Nayane afirma que toma remédios para ansiedade há dez meses. “Ele provocava a gente a distância, fazia gestos para dizer que estávamos loucas e nos chamando de gordas”, diz.

Pedi demissão por não conseguir mais lidar com isso. Psicologicamente não conseguia mais trabalhar lá. Ele encarava a gente todos os dias.

Nayane

Ela afirma que as ofensas desencadearam uma crise de autoestima. “Estou separada desde junho. Me olhava no espelho e questionava se ele tinha razão ou não. Foi muito difícil passar por esse processo.”

Quem é ele

Cozzolino se formou em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos em 2008, segundo informações do site de sua clínica. No mesmo portal, ele cita que é pós-graduado em dermatologia, medicina estética e medicina do esporte pela Fundação Souza Marques; pós-graduado em medicina legal pela USP; e pós-graduado em nutrologia pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

Fundou em 2022 o Instituto D’Angelo, “para auxiliar pessoas a esculpirem seus corpos e assim fazerem deles a imagem impecável de sua saúde e a marca pela qual elas serão lembradas no mundo”, também conforme divulgado em seu site. 

Em 2021, a defesa do médico apresentou um relatório psiquiátrico que apontava que ele sofria de transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo-compulsivo grave. O documento foi apresentado após uma mulher com quem ele manteve relacionamento prestar queixa à polícia e afirmar que já teria sido enforcada e levado socos, chutes, empurrões e puxões de cabelo.

A reportagem também entrou em contato com a advogada Samantha Di Carlo, que já representou o médico. Mas também não obteve retorno.

Advogado foi assassinado no Ceará após extorsão de R$ 800 mil, diz MP

De acordo com a denúncia do MPCE, empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso teria encomendado a morte do advogado Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias.

O Ministério Público do Ceará denunciou o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso por “encomendar” a morte do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais. O crime ocorreu em 6 de maio. Além do empresário, foram denunciados os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim.

Segundo o Ministério Público, o empresário encomendou a morte de Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias. De acordo com o acusado, as publicações eram um ataque à sua pessoa que “questionavam a honestidade” de como ele obteve patrimônio.

Ainda de acordo com o documento, na noite do dia 6 de maio, o advogado chegava em sua casa, no Bairro Parquelândia, quando foi baleado por dois homens em uma motocicleta, José Luciano e Glauco. “O garupeiro efetuou disparos de arma de fogo, causando a morte da vítima. O crime teria como mandante Ernesto”, afirma o Ministério Público.

Rastreador no escapamento do carro
Durante as negociações com o advogado, o empresário conseguiu os dados do veículo da vítima e providenciou para que José Luciano e Glauco mantivessem a vítima sob vigilância para preparar uma emboscada e realizar o assassinato.

No dia 28 de abril de 2023, enquanto Ernesto e Di Angellis se encontravam em uma padaria no município do Eusébio para encerrar as negociações, José Luciano e Glauco conseguiram instalar o rastreador no escapamento do carro da vítima, “ferramenta fundamental na execução do crime”.

O Ministério Público requer que, em caso de condenação, seja fixado valor de R$ 1 milhão para reparação dos danos à família da vítima, que se viu violentamente privada do convívio em razão da conduta criminosa.

Prisões
O empresário e os três policiais tiveram as prisões temporárias convertidas em prisões preventivas. Conforme a Polícia Civil, as capturas aconteceram em Fortaleza, Caucaia e Eusébio, municípios da Região Metropolitana da capital cearense.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados uma arma de fogo, munição, uma pequena quantidade de drogas, celulares e dois veículos.

 

Servidoras da Saúde são presas suspeitas de ‘rachadinha’ ao receberem horas extras de plantões que nunca foram feitos

Investigação indicou que mais de 10 pessoas estão envolvidas no esquema e cada funcionário devolvia em média R$ 500 para a dupla. Caso aconteceu em São Simão.

As servidoras da Saúde Adriana Batista e Waldirene Soares foram presas suspeitas de fraudar folhas de ponto para receber horas extras de plantões que nunca foram feitos em São Simão, na região sudoeste de Goiás. De acordo com o delegado Márcio Marques, para a espécie de “rachadinha”, a dupla lançava os plantões extras na fatura de diversos servidores e exigia os valores de volta.

“No esquema todo são mais de 10 pessoas. Nós temos recibos e transferências bancárias que elas receberam. Cada servidor devolvia em média R$ 500 para elas”, detalhou o delegado.

A dupla foi presa na última terça-feira (22). Segundo o delegado, não há uma estimativa do total que as duas lucraram, mas a polícia apura que o crime acontecia há cerca de um ano.

“Além de adicionar nas horas de plantões delas, colocavam em horas de outras enfermeiras e elas utilizavam um tipo de coação para fazer isso”, completou.

Em nota, Maria Paula Lino, advogada de Adriana, informou que tomou conhecimento do teor do procedimento policial nesta quarta-feira e vai tomar as medidas judiciais cabíveis para “restabelecer a liberdade de Adriana e identificar os equívocos que levaram à decisão que acolheu a representação cautelar formulada pela autoridade policial” (leia nota completa no fim da reportagem).

Ao g1, o advogado Gabriel Queiroz Bernardes, da defesa de Waldirene, informou que está apurando o caso e fazendo uma “investigação defensiva para elucidar melhor os fatos”. Além disso, o advogado informou que as medidas cabíveis já estão sendo tomadas (leia nota completa no fim da reportagem).

Conforme mostrou a TV Anhanguera, Adriana é técnica de enfermagem efetiva na prefeitura. Já Waldirene, enfermeira contratada. Segundo o delegado, quem denunciou as funcionárias foi a secretária de Saúde da gestão anterior.

Responsabilidade dos envolvidos
Segundo o delegado, a polícia está apurando o envolvimento dos servidores que repassavam o dinheiro às servidoras. Márcio explicou que vai concluir o inquérito para analisar como os pedidos eram feitos e se os funcionários poderiam ou não recusar os pedidos.

“Vamos apurar se era uma coação resistível ou irresistível. Se a coação for irresistível, elas não respondem pelo crime. Se a coação for resistível, elas vão responder pelo crime”, explicou.

Nota da defesa de Adriana
A defesa de Adriana tomou conhecimento do teor do procedimento policial em questão hoje. Nas próximas horas, estaremos tomando as medidas judiciais cabíveis para restabelecer a liberdade de Adriana e identificar os equívocos que levaram à decisão que acolheu a representação cautelar formulada pela autoridade policial.

Estamos confiantes de que a justiça prevalecerá, e a verdade será esclarecida no devido processo legal.

Nota da defesa de Waldirene
A defesa está apurando o caso, inclusive fazendo investigação defensiva para elucidar melhor os fatos. As medidas cabíveis já estão sendo tomadas.

Justiça aceita denúncia, e ex-deputado Marcos Muller vira réu por ‘rachadinha’ na Alerj

Promotores sustentam que o parlamentar comprou imóveis com o dinheiro da prática ilegal e colocou no nome de funcionários do gabinete dele. Investigação partiu do relatório do Coaf, e Muller é o segundo a ser denunciado pelo caso.

A Justiça do RJ aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) e tornou réu o ex-deputado Marcos Muller, nesta segunda-feira (21). Ele é acusado de rachadinha quando exercia o cargo na Alerj.

Muller foi denunciado pelos crimes de peculato (apropriação de bem público), lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em sua decisão, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa, diz que os indícios apontam que “no curto tempo de análise dos dados Luiz Marcos de Oliveira Muller incorporou ao seu patrimônio, pelo menos, R$ 902.132,58.”

O magistrado cita ainda que o parlamentar exercia um papel de protagonista na organização criminal.

“Denota-se que o atuar da Orcrim [organização criminal] tornou-se viável graças a posição política do denunciado Luiz Marcos de Oliveira Muller, pois enquanto detentor de poder estatal e protagonista, nos atos decisórios, manejava a nomeação dos servidores ocupantes de cargos em comissão do seu gabinete”, diz a decisão.

Relatório do Coaf
A suspeita de prática criminosa por parte de Muller surgiu em um relatório de inteligência financeira, de 2018, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

O documento é o mesmo que apontou movimentações financeiras consideradas suspeitas de Fabrício Queiroz, que foi assessor do senador Flávio Bolsonaro na época em que ele foi deputado na Alerj. No ano passado o Órgão Especial do TJ rejeitou a denúncia contra Flávio a pedido do MP “sem prejuízo do reinício das investigações”.

Dentre os investigados no relatório, Muller é o segundo a virar réu. O primeiro foi o ex-deputado e hoje vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Márcio Pacheco.

A denúncia contra Muller
Segundo o órgão, o parlamentar comprou imóveis com o dinheiro da prática ilegal e colocou no nome de funcionários do gabinete. Ao todo, 13 pessoas foram denunciadas.

Os investigadores apontam para a existência de uma organização criminosa na Alerj.

“Os elementos de convicção angariados no curso da persecução penal apontaram para a existência de uma organização criminosa, devidamente estruturada e gerenciada em favor do Deputado Estadual Luiz Marcos De Oliveira Muiler, voltada para o desvio das verbas destinadas ao custeio da remuneração dos assessores parlamentares lotados em seu gabinete”, disse o procurador geral de justiça Antonio José Campos Moreira.

Deputado chefe do esquema
A denúncia afirma que o deputado Marcos Muller é a liderança intelectual do grupo criminoso. Segundo o MP, a estratégia era nomear assessores parlamentares que topassem devolver ao parlamentar parte de seus salários.

De acordo com o MP, o chefe de gabinete Marcos Eurico e a assessora Márcia Mara tinham papeis importantes na operação. A denúncia aponta que eles seriam os operadores do esquema.

Segundo o MPRJ, Márcia e Marcos Eurico ficavam responsáveis por receber as transferências bancárias mensais dos assessores envolvidos.

Os denunciados Giovani Natti Pinto, Giovanna Moraes Carbone Bezerra, Wesley Litaff de Melo e Lourance Litaiff, segundo o MP, entraram no esquema criminosos ao concordar em repassar grande parte de seus vencimentos.

Denunciados:

Luiz Marcos de Oliveira Muiler;
Marcos Eurico Dias Neves;
Márcia Mara Moreira Costa;
Lourance Litaiff;
Wesley Litaiff de Melo;
Giovani Natti Pinto;
Giovanna Moraes Carbone Bezerra;
Rafael Peixoto do Nascimento;
Denise Dornellas Ferreira;
Jefferson Clayton Gomes Cerqueira;
Lucinanda Muiler Viera;
Fernando da Silva Vieira;
e Lucineia de Oliveira Muiler Vieira

Crime na época de vereador
Segundo o MP, a prática criminosa do grupo é anterior à chegada do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio.

Na denúncia, o MP ressaltou que o esquema já ocorria quando Marcus Muller era vereador no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde teve três mandatos.

“A organização criminosa instituída no âmbito da Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro tem sua gênese em uma associação criminosa constituída – por alguns idênticos personagens – ainda quando do exercício de vereança de Luiz Marcos De Oliveira Muiler (Marcos Muller) na Câmara Municipal de São João de Meriti”, dizia um trecho da denúncia.

“Não se pode permitir que o Estado continue sendo hospedeiro de tal espécie demasiadamente corrosiva dos pilares da moralidade administrativa”, dizia outro trecho da denúncia.