TJBA 19/10/2022 -Pág. 3141 -CADERNO 4 - ENTRÂNCIA INICIAL -Tribunal de Justiça da Bahia
TJBA - DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Nº 3.201 - Disponibilização: quarta-feira, 19 de outubro de 2022
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uma moto discutindo que um haviaum “fechado” o outro, que não ouviu o que Rony e Camilo estravam falando, que eles estavam
fora da moto, próximo do bar, que que Rony subiu pra casa dele, que depois disso de 10 a 15 minutos ocorreu o disparo, que quando
estava voltando pra roça viu o movimento e parou no local do crime, que Rony já havia sido atingido e estava lá sangrando o rosto,
que alguém disse a ele que Rony atirou na moto de Camilo e Camilo teria atirado em Rony, que viu o sinal de bala na moto de Camilo,
que o tanque estava perfurado com um tiro, que alguém falou a ele que foram dois disparos na moto de Camilo, mas que ele só viu um
tiro no tanque, que ele não viu sinal de tiro no portão da casa de Camilo, que não lembra se no momento que passou próximo ao local
Camilo ainda estava lá, que ouviu falar que Juscelino quebrou a arma de Camilo mas não sabe o que fez com essa.
Inquirido pela advogada de defesa, a testemunha Mateus Camargo Santos RG/MG 19.592.384 assim disse: que não sabe sobre a
arma de Rony, que não ficou no local, que tinha muita gente na hora e não viu se Camilo estava lá, que viu Rony encostado na moto.
Inquirida pela Advogada de defesa a testemunha Lúcia Braga Silveira RG/MG 21.778.059 assim disse: que estava em casa, tinha
acabado de chegar do serviço e que seu tio chegou dizendo que Camilo e Rony estavam brigando na rua, que quando ela chegou no
local Camilo estava levantando a moto, que quando ela chegou na casa, Rony já chegou junto e armado, colocou a arma na mãe dela,
que a mãe dela ficou gritando, que começou atirar na moto e no portão, que a mãe dela entrou para dentro de casa, e Rony disse que
se Camilo o denunciasse ele iria matá-lo, que a todo tempo Rony estava armado e ela pedia pra Rony parar, que dois tiros pegou na
moto de Camilo, em cima do tanque e outro no portão, que quando Rony foi atingido pelo tiro de Camilo saiu correndo e sentou na casa
da vizinha, que ela colocou Camilo dentro da casa dela, e depois Camilo foi embora pra Cachoeira, comunidade onde ele mora, que
sabe que Camilo e Rony teve desavenças há 12 anos, que depois disso Rony e Camilo não teve mais discussões, cada um do seu
lado, que no momento que ela chegou na casa dela junto com Rony o portão estava aberto, pois Camilo entrou e deixou aberto, que
Rony tinha mais visão de dentro da casa do que ela, porque eles vinham de direções opostas, que não sabe se Camilo estava entre o
muro e a casa, que no momento que Rony começou atirar só a mãe dela apareceu no portão e fechou, que foi na hora que Rony atirou
Camilo subiu no muro e atirou em Rony.
Inquirida pelo Promotor de justiça, a testemunha Lúcia Braga Silveira RG/MG 21.778.059 assim disse: que seu tio que informou que
Rony e Camilo estavam discutindo, que no momento que chegou na casa da mãe dela junto com Rony não sabe onde Camilo estava,
que ela começou pedir pra Rony não atirar, que quando Rony deu o tiro no portão já estava fechado, que após os tiros que Rony deu,
Camilo subiu no muro e atirou em Rony, que Rony se aproximou dela, mas não-a empurrou, que depois do tiro Camilo caiu do muro,
junto com a arma, no momento que Juscelino tomou a arma, que Camilo gritou para Rony antes de atirar, mas não se lembra o que,
que a mãe dela estava de dentro da casa gritando, e que em nenhuma momento sua mãe saiu de dentro da casa, só ela estava fora da
casa conversando com Rony, que quando Juscelino tomou a arma de Camilo ele já havia atirado em Rony, que não sabe dizer qual era
a arma de Rony, que era um revolver pequeno mas não sabe falar o calibre, que em momento nenhum Rony deixou a arma no chão,
não sabe o que Juscelino fez com a arma de Camilo ou se alguém pegou, que depois do fato Rony parou Camilo mostrou a arma e
Camilo saiu correndo, que o tio deles entrou no meio e depois um outro irmão dela voltou pra pegar a moto de Camilo com o tio, que
Rony só saiu do povoado onde aconteceu o fato para tratamento, e que Camilo morava em outro povoado, denominado Cachoeira, no
Município de Espiniosa, que Camilo foi trabalhar em São Paulo, que no dia do ocorrido ele informou ter dormido na casa da namorada
dele, que depois de se apresentar na delegacia com advogado voltou para casa da mãe dele.
Inquirida pela advogada de defesa a testemunha Zildete Braga Borges Silveira RG: 07909978-5 assim disse: que estava sentada em
uma cadeira próxima ao portão do lado de dentro, que Camilo entrou dentro da casa dela dizendo que Rony queria o matar, que quando ela aproximou do portão Rony chegou gritando “Camilo filho de uma égua” eu te pego debaixo da cama, que Rony colocou arma
na cara dela, e ela ficou gritando muito, que ela não viu Camilo com arma, que não viu se Camilo entrou dentro da casa, que quando
chegou perto do portão viu Rony e Juscelino, que foi o momento que Rony atirou na moto, que ela fechou o portão, que não viu mais
Camilo, que ficou sentada na área gritando e não viu mais nada, não viu Camilo subindo no muro, que escutou o tiro e ficou sem saber
quem tinha disparado, que depois do disparo Camilo caiu pro lado de fora, que Camilo pulou o muro pra dentro da casa, depis saiu pelo
portão, que ela saiu pra fora pra colocar Camilo pra dentro da casa, que foi Juscelino que socorreu Rony, que só ficou dentro de casa
quando Rony e Juscelino saiu, que Camilo demorou dentro da casa dela, mas não se recorda quanto tempo, que após isso ele foi pra
Cachoeira, que ficou sabendo que no dia do fato Camilo e Rony havia se desentendido porque Rony “fechou” ele, que sabe que Rony
e Camilo teve desentendimento há muito tempo, que depois do crime Rony queria matar Camilo, que Rony estava com uma arma na
mão e que queria pegar Camilo quando esse passasse de moto, que Juscelino pegou a arma de Camilo no dia do fato, mas não sabe
onde está a arma, que no dia do fato Rony levou a arma dele segundo ouviu dizer, que no dia que Rony apontou a arma para ela, ela
teve medo que Rony a matasse.
Inquirida pelo Promotor de Justiça a testemunha Lúcia Braga Silveira RG/MG 21.778.059 assim disse: que não viu Camilo caindo do
muro, mas que sua filha Lúcia disse que ele caiu do muro, que o muro não tem cerca elétrica, nem caco de vidro, que não tem base da
altura do muro, que na casa dela não tem escada, que o muro era só bloco, que tinha telhas em pé encostadas no muro, umas duas
carreirinhas de telha, que Camilo apoiou os braços sobre os muro e atirou apoiando a espingarda, que ela teve conhecimento que só
Rony ‘fechou” Camilo, que Rony não entrou na casa dela, que a moto estava do lado de Rony, que no mesmo tempo que Rony atirou
na moto atirou no portão, que Rony não deu tiro pra dentro da casa dela, que ninguém da família dela pagou Rony as despesas que
Rony teve em decorrência dos tiros, que ninguém cogitou procurar Rony para reparar os danos.
Interrogado pela Magistrada, disse o acusado Camilo Braga Silveira: que tem 26 anos, não tem endereço fixo, mas está na região de
São Paulo, não tem filho, estudou até a quinta série, é encarregado, não foi condenado por outro crime, não usa entorpecentes, não
ingere bebidas alcoólicas. Lida a denúncia, afirma que foi autor do tiro que atingiu Rony, que saiu de casa por volta das 09:00 horas, da
Cachoeira, que foi concluir um serviço na roça de Elio, que terminando o serviço foi ao Mercado com Élio, que permaneceu no mercado
e logo foi embora, passou na casa da sua mãe para dá bença, e depois foi embora, próximo ao Mercado Rony o “fechou”, que ele disse
“a rua não é sua, você é Palhaço”? Que após isso eles pararam a moto e discutiram, que Rony ligou pra alguém pedindo pra trazer a
arma, que ele entregou Rony o celular que havia caído, e Rony derrubou a moto dele, e disse para ele esperar porque ele voltaria para
matá-lo, que ele foi pra casa da mãe dele, e entrou dizendo a mãe dela que Rony queria matá-lo, ele entrou na casa da mãe dele pela
porta do fundo, e antes mesmo de entrar na casa ele ouviu dois disparos, que a mãe dele começou a gritar, que no terceiro disparo ele
pegou a espingarda, que no momento ele não sabia se a mãe dele tinha sido atingida, só ouviu os gritos da mão e da sua irmã, que
ele pegou a espingarda encostou no muro e gritou para Rony, e que a irmã dele gritava Rony, que Rony griata “se ele me denunciar eu
mato ele”, e quando ele disparou a espingarda ela caiu, só não se recorda se ele caiu ou escorregou, que Rony estava quase de frente
pra ele com a arma em punho, que Rony não cehgou vê-lo no muro, que na hora que ele caiu do murso e Celino pegou a arma ele
não criou resistência, que ele não tinha intenção de efetuar disparo, que ele não tinha munição, que ele não sabia se a mãe ou a irmã